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domingo, 25 de dezembro de 2016

onovodedeus

MUDANÇA DE MENTE: FLEXIBILIDADE PARA O “NOVO” DE DEUS

                                                                                                                         Luciane Prado


A mente humana, em diferentes aspectos, é uma das mais impressionantes zonas abstratas de longo e rápido alcance, ao qual perpassa os limites reducionistas dos cincos sentidos. Segundo Oliveira (2006): “Este futuro veículo de comunicação telepática tornou-se a arma mais poderosa do século anterior, pois todas as coisas existentes tiveram sua gênese no mundo das idéias”.  
Nesse sentido podemos prever que a utilidade da mente vai muito além de meros pensamentos, transpassa dimensões pré-existentes e transfigura-se em matérias – que podem de diversas formas atingir e envolver as múltiplas conjunturas estabelecidas na existência objetiva e subjetiva da humanidade.
Ainda neste panorama, Jesus mostrou que as pessoas que estão crescendo são sempre capazes de mudar sua maneira de pensar a respeito das coisas. À medida que nos desenvolvemos e aceitamos mudanças, antigas convicções inflexíveis e descabidas são destruídas e deixam de ter tanta importância e função para nós, da mesma forma como um odre velho se rompendo quando o enchemos com vinho novo que então se avoluma.
Se vincular a uma única visão de algo, ter a suposta versão absoluta de um fato, se arraigar indubitavelmente no que se pensa ser o correto, sem um questionamento e confimarções coerentes, no mínimo limita-nos a expansão do entendimento de outras importantes coisas que poderiam  nos acrescentar múltiplos benefícios.
Neste ensejo existem aqueles que como porco-espinho, ao se sentirem ameaçados reagem irrefletidamente, outros possuem um medo brutal de alimentar ou aceitar qualquer ideia nova, dificultando incontavelmente à abertura de novos relacionamentos e até mesmo  novas expedições rumo à Verdade. Nas palavras do psicólogo e teólogo norte americano Mark Baker: “É necessário que as pessoas parem durante um tempo de se sentir ameaçadas para que consigam ouvir às outras e comecem a atingir um entendimento mútuo.”[1]
Particularmente chamo – “quase arrogância”, sim, para disfarçar o receio de não conhecer o que precisa ser conhecido e admitir que nem tudo está sob o seu domínio intelectual ou debaixo de sua avaliação. Por isso, aceno que estes ou estas se cravam de censuras em suas mentes, nenhuma tão digna e capaz de reaver o quanto precisam abrir o interior e “aprender a aprender” – Pilar essencial para uma educação e aprendizado satisfatórios.
Corroborando no sermão Unidade – parte 1 “Sem Comunhão Não Tem Unidade” § 20, Brian Kocourek faz referência, que se nós e nossos filhos não entrarmos no pensamento de Deus, então não receberemos a mudança do corpo, e consequentemente somente aqueles com a mente de Deus se irão ao arrebatamento.
Geralmente associamos nosso crescimento subjetivo, intelectual e espiritual a alguém, algum guru, mentor, sábio ou mesmo um salvador falando em termos afóricos. Nesse sentido, é bom ponderar, que se estes estiverem se conduzindo numa estrada de nebulosas, miragem ou inverdades, junto com eles, estaremos. As conseqüências podem não ser benévolas!
Se aqueles que nos guiam e pelo qual nos deixamos guiar, se cerrarem em suas ‘verdades’, se, como ostras sem pérola alguma, se fecharem num mundinho sem novidade qualquer de vida, trancafiados com as mais variadas concepções inférteis, sem dúvida de Deus - Autor e Fonte de toda sabedoria, conhecimento e inteligência suprema, nada receberemos.
Casualmente agindo assim, nosso ventre (âmago) não é receptivo ao novo de Deus – novo coração, novo espírito e então ao Espírito Rei – Espírito Santo. Mudanças são necessárias ao Novo nascimento, visto que ao mestre religioso Nicodemos, Jesus aclarou que era necessário o Novo nascimento. Por isso, ninguém conjecture entrar ao Reino de Deus sem este.
Continuamente também, não se podem propor caminhos para se chegar a este processo, não! Isto é uma etapa do Espírito santo, a partir do momento que nos dispomos à aceitabilidade de novas Verdades e Perfeita Fé, como igualmente nos despirmos do nosso “eu”, que religiosamente se chama – Fariseu.
Foi isto que Jesus indicou a Nicodemos, afirmando que eles não aceitavam o seu testemunho, a sua Verdade vindicada pelo Pai.  Ele assentiu algo simples, natural, ora, este tal homem sendo uma autoridade na religião judaica, nunca tinha ouvido mencionarem tamanha “façanha”.  Deus faz dessas coisas, sempre age e fala de forma natural, para que o Seu homem possa presenciar o sobrenatural, visto que sua visão não está presa aos elementos terrenos. No entanto, Israel agora, sob o domínio de Roma e de seus líderes farisaicos estava limitado e tradicionalmente conciliado a sua forma de fé, sem um olhar apurado provido da Palavra da hora.
E não é isto que se observa em demasia hoje nos fracionários grupos religiosos? A  mera sujeição de códigos morais fundamentados em noções de religiosidades. Não há - mudança de mente, de curso na vida, uma metanóia[2] real no meio do povo assim chamado cristão. Este é um perigo iminente ao se ataviar a velhos e ultrapassados conceitos, valores e dogmas, quando o Guia Maior – Espírito Santo está batendo asas e dizendo: “Sai de lá povo Meu[3]!”. Em verdade, muitos estão com déficit da genuína Influência do Espírito de Verdade.
[...] Deus clama “Despertai-vos! Arrependei-vos de vossa insensatez!” Aqui eles estão emprestando sua influência, dando seu tempo e seu dinheiro, realmente suas próprias vidas a estas organizações do anticristo, e todo este tempo pensando que estão certos. Eles necessitam de arrepender-se. Eles devem se arrepender. Eles carecem de uma mudança de mente e voltar para a Verdade.[4]

Assegura Baker que as crenças que existem no nosso inconsciente são chamadas de ‘princípios organizadores’. No percurso vital, acumulamos crenças a respeito de nós mesmos e do mundo que nos cerca. Tais princípios agem automaticamente na maior parte das vezes sem que percebamos, determinando nossas escolhas e reações. E são a base da nossa autoestima.
É somente quando nos tornamos consciente desses princípios organizadores inconscientes que podemos abrir espaços para novas convicções. Ou seja, devemos perceber, ter noção do que cremos, em continuidade, seremos flexíveis ao novo. Essa tomada de consciência promove o crescimento, assim como um odre novo acolhe o vinho novo. No entanto, um aspecto bem negativo de tais princípios é se fixar neles e recusar-se a mudar.
Jesus queria que as pessoas tivessem consciência de como estava seu relacionamento com Deus, mas Ele enfrentou barreiras ao tentar apontar isto, uma delas era o fato das pessoas estarem presas as suas antigas convicções. Primeiro, tinham que perceber suas correias mentais, para assim, tornarem-se abertas às novas ideias disseminadas por Ele.
Crenças velhas incoerentes com a Verdade e inflexíveis são como odres velhos rompendo-se ante o crescimento, não convergem com a possibilidade de aceitação para aquilo que é novo. As vezes é fundamental que percebamos o quanto nossas crenças não se enquadram ao que Deus requer.  Devemos em muitos casos, sermos abertos a pontos de vistas diferentes dos nossos, não considerar-se ‘dono da verdade’, autoridade máxima em determinado assunto, pois nem tudo é acabado, concluso, todo conhecimento exige continuidade e flexibilidade a novas mudanças ou acréscimos.
Há muitos de nós que precisam formatar a mente para concertar e reorganizar a vida; projetar em si, que um novo sistema operacional de Deus deve ser instalado; Algumas aplicações rudimentares e viral necessariamente devem ser excluídas e o espaço-mente  recalculado para abertura e recepção de softwares não nocivos e genuinamente espirituais.
Princípios e valores religiosamente embrionados por úteros intelectuais precisam ser deletados; e o cerne existencial de uma velha estrutura reprogramado, alinhavado com um ajuste brusco dos planos da Palavra Original. Estruturas precisam ser rompidas urgentemente nos dissabores construídos e reconstruídos por nossas hipocrisias religiosas; os fundamentos arenosos sob a subversão de “Palavra”, que outrora nos cercavam, embasando-nos de falsa esperança e fé precisam ser ruídos.
Eu quero ler outra tradução (Wuest) deste verso, "Esteja lembrado, portanto, da maneira como tens recebido (a verdade como um depósito permanente) e de que maneira ouvistes (a verdade) e esteja vigilante (vigiando a verdade), e tem uma mudança de mente depressa". (ERA DA IGREJA DE LAODICÉIA, P. 65)

É tempo de se lançar com ímpeto sobre as Asas do Espírito e se deixar cuidar por Ele, se abrindo ao Novo Nascimento e se tornando Sua imagem e Família. O relógio está sem controle, o tempo rapidamente tem passado diante de nós, é um elemento que está muito além de nosso domínio, portanto, não é tempo de remendos, paliação, faz de conta que têm-se o real, mas necessariamente, visceralmente de mudança, da aceitação ao “novo” de Deus; de conclusão de edificações; do desprovimento da velha mente carnal, intelectual, religiosa. Deus nunca nos proveu religião, nunca nos prometeu círculos religiosos ou mentes dogmáticas e inflexíveis.

No sentido intencional deste texto, ao se abordar sobre ser maleável, receptivos e coerentes no contato com o novo, é relevante ponderar que “A palavra da Verdade” deve ser guardada, multiplicada e vigiada. Sem arrazoamento de lado extremo algum. Deve ser respeitada e obedecida na sua máxima para proveito pleno.


[...] Evidentemente a rica Palavra da verdade estava sendo ouvida de uma maneira acadêmica, ao invés de ser ouvida para uma obra prática, porque Deus estava exigindo uma mudança de mente concernente a ela. Se esta é a Palavra de Deus, e verdadeiramente o é, então ela deve ser obedecida. Falhar em obedecer traria julgamento [...][5]


Infelizmente A Palavra de Deus tem caído nas mãos de homens puramente intelectuais e ambiciosos, que a retalham, dividem e a manipulam com ênfase na mais elevada sensação de prazer e ‘poder’; fazendo reféns, subjugando de maneira sutil e ardilosa aos incautos e pessoas vendadas à verdade de Cristo que liberta todo ser, para que a permissão de “ propagá-la” deva vir deles; pessoas que nada ou quase nada produzem, porém monopolizam sua expansão. A estes tais é certo usar as palavras de William Branham na e Era da igreja de Laodicéia: [...] Porém quando vocês tomam minha Palavra e não a honram, eu em troca tenho que me recusar a honrá-los [...][6].
Estes, como apontado acima, por rejeitarem a Real posição da Palavra, não são dignos de reconhecimento. Em verdade isto é uma adjetivação de proporções interiores, que os desqualifica para agirem em nome de Deus. Por isso, seguir, ouvir, conceber ideias, pedir consultas e autorização para homens que nada contribuem positivamente à uma transformação da mentalidade cristã; que não possuem notada referência em assuntos tão sérios, pois seu testemunho de vida é  como uma bússola danificada apontando rumo a contradições, ou que se expressam como o absoluto na causa, entre outros sem levar em conta posturas sábias  e conhecimentos de  personagens verdadeiramente tementes a Deus, pode parecer ríspida a decisão, mas deve-se desconsiderá-los de possíveis ações “salvadoras”, pois isso, apenas exaltaria ainda mais seu ego hipócrita.
            Mas ainda que tudo se transtorne, a terra e seus sistemas estejam do avesso com todas as suas possíveis atrações e devaneios, seguindo na contra-mão dos princípios e preceitos verdadeiramente cristãos, em todo o percurso humano estão as Poderosas Mãos do Senhor que tudo vê e sonda, e tem estado a buscar corações e mentes vazias de concepções inférteis, credos religiosos, ensinos hierárquicos e tradicionais; corações desprovidos de arrogâncias, prepotências e autossuficiências.  Ele está urgindo a uma restauração de mentes e vidas assim como foi a de Seu Filho Jesus Cristo. Pois São Paulo mesmo acentua, que devemos ser transformados pela renovação do nosso entendimento[7], como também termos a mente de Cristo.[8]

 Que possamos humildemente e desesperadamente insistir em procurar esta mudança como a dracma perdida[9] ou como aquele homem que vendeu tudo que tinha para comprar a pérola de grande valor.[10]·Possuir uma real rendição diante da vontade do Senhor, reconhecendo nossa insensatez, desvios e fragilidades.

 Em adiantado tempo, com espírito de súplicas e temente, encerro fazendo uso das significativas palavras do irmão Branham:

E Senhor, não...não me deixes ir até que Tu tenhas minha - minha mente ajustada exatamente como a Tua mente. E então quando a minha mente estiver ajustada exatamente como a Tua mente, então eu crerei em cada Palavra que Tu escreveste. E Tu disseste lá que Tu farias com que tudo operasse junto para o bem daqueles que Te amam, e eu Te amo, Senhor. Tudo está contribuindo para o bem[11].

E ainda, no sermão Cristo é Revelado em Sua Própria Palavra 1965,§ 190: “Pai Celestial, examine nossos corações, neste minuto. É preciso somente um instante de tempo, uma mudança. Deixe que a mente de Cristo entre em nós. A Bíblia disse, “Que haja em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo.” Isso muda nosso caráter [...]”.


            DEUS GUIE A SEUS FILHOS E FILHAS POR UM NOVO CAMINHAR  EM QUE A MENTE - PALAVRA SEMPRE ESTEVE PRESENTE.

Sobre a autora:


         




Cristã; Pedagoga e Especialista em Neuropsicopedagogia, Educação Especial, Inclusiva e Relações Etnicorraciais.

Professora de disciplinas sociais, filosóficas e pedagógicas na Faculdade Educacional da Lapa e no Instituto de Educação Cultural do Pará em Belém;

Professora Auxiliar de Educação Especial e de disciplinas gerais no ensino Fundamental da rede Municipal de Castanhal-Pará.

              








Feliz 2017 na Presença de Deus


[1] Baker (2009)
[2] Mudar o próprio pensamento, mudar de ideia. Seria a mudança do que um indivíduo está vivenciando para um novo modo de viver...
[3] Apocalipse 18:4
[4] A Era de Laodicéia, § 138
[5] A Era da Igreja de Sardes § 65 (1960)
[6] A Era da Igreja de Laodicéia, p. 307
[7] Rm 12:2
[8] I Co 2:16
[9] Lc 15:8-10
[10] MT 13:45-46
[11] Cristo É Revelado Em Sua Própria Palavra §35 (1965)

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